Yoga

segunda-feira, 27 de agosto de 2012 0 comentários
Yoga

Por Fernanda Haskel


Enquanto houver alento no corpo, haverá vida. Enquanto houver vida, você poderá praticar yoga.


Yoga é uma milenar tradição indiana que tem como objetivo o autoconhecimento. Entende-se no yoga, que quando alcançamos o conhecimento, nos libertamos da ignorância, que é a causa raiz do sofrimento, ou seja, a prática do yoga nos permite sermos plenamente felizes e em paz.

Diante disso, poderia surgir a seguinte pergunta: ignorância a respeito do que já que o mundo não carece de saberes e mesmo assim há sofrimentos imensuráveis? Esse conhecimento que o yoga pretende atingir é referente à experiência íntima de que não somos o que percebemos com nossos sentidos: audição, visão, paladar, tato e olfato. Nossa verdadeira realidade é camuflada e está além até mesmo de nosso pensar e sentir. É por não nos conhecermos verdadeiramente, acabamos por nos confundir e nos identificar com o que rotineiramente vemos, ouvimos, sentimos e pensamos. Por essa identificação com tudo que é passageiro e pode ser percebido pelos nossos sentidos, somos ignorantes a respeito de nós mesmos.

Ora se não somos o que percebemos com nossos sentidos, nem o que pensamos e, nem mesmo, o que sentimos, somos o que? É por isso que poderia dizer que yoga é a ciência do ser, pois faz uso uma série de ferramentas que podem nos servir de como instrumentos em nosso laboratório íntimo para a descoberta de nós mesmos e de nossa verdadeira natureza.

O yoga é um presente à humanidade que se praticado com disciplina e desapego nos ajudam a observar, conhecer, transformar e transcender a nós mesmos em uma maravilhosa viagem de autodesbravamento e autodescoberta rompendo definitivamente a ignorância que nos escraviza em dor e sofrimento.

Para nos conhecermos, como diz Patanjali, o codificador do yoga clássico: é preciso restringir as flutuações da mente, caso contrário, nos identificaremos com as próprias flutuações.

Para Patanjali, alcançar o brilho do discernimento superior, eliminar as impurezas da mente e distinguir o real do irreal a ignorância e a sabedoria, são necessários oito passos (ashtanga): as restrições (Yama), os deveres (Niyama), as posturas (Asanas), controle da energia vital (Pranayma), o controle dos sentidos (Pratyahara), concetração (Dharana), meditação (Dhyana) e união com nossa verdadeira realidade, libertação final do sofrimento (Samadhi).




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